Começando uma carreira acadêmica

Leia How to live in paradise, de David Evans. Esse texto traz muitas dicas interessantes para resumir aqui, mas

  • tirar férias,
  • reservar blocos de tempo na agenda para leitura e criação,
  • caprichar muito na preparação de aulas e no cuidado e atenção com os alunos, e
  • focar nas tarefas que lhe interessam mais (por causa do impacto, retorno, etc.) e que você é capaz de trazer um diferencial maior (outra pessoa não poderia fazer com nível similar de qualidade)

são as que eu acho mais importantes e procurei fazer (e me arrependo de quando não fiz! como ter pulado algumas férias…) ao longo da minha carreira.

Sobre a última, em particular, a ideia não é deixar de fazer as outras tarefas necessárias e que você tem menos interesse (no meu caso corrigir provas, ajudar na gestão, etc.) mas fazê-las com a dedicação mínima necessária que a tarefa requer. Procurar chegar perto da perfeição nessas tarefas vai lhe impossibilitar de chegar perto da perfeição nas tarefas que lhe interessam mais (no meu caso preparar aulas, pesquisar, etc.)!

Leia Everything I did wrong as a professor, de Matt Welsh, para evitar algumas armadilhas da vida acadêmica. Eu sempre tentei reduzir viagens, dizer não (sempre que você diz sim para uma atividade está dizendo não para outra!), e reduzir o número de projetos e alunos, mas nunca parece suficiente!

Como orientador, sempre tento

  • focar prioritariamente no pesquisador, não na pesquisa e seus resultados; isso resulta em desenvolver no pesquisador habilidades essenciais de como pesquisar, como se comunicar e colaborar, além de consolidar valores e princípios, e a minha visão da área e do processo de pesquisa
  • ajudar os alunos irem além do que eu fui na nossa profissão
  • estabelecer como meta de sucesso como orientador a continuidade e evolução dos meus princípios e forma de trabalho
  • estabelecer padrão de qualidade e excelência
  • fazer perguntas difíceis
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